Portugal e o Futuro, António de Spínola (Arcádia, 1974)
Obra política marcante que antecipou a transição do regime em Portugal. Publicado em 1974 por António de Spínola, general e figura central do 25 de Abril. Edição da Arcádia, com 243 páginas, exemplar nunca aberto, em excelente estado de conservação.
Portugal e o Futuro, da autoria do General António de Spínola, é uma obra histórica e política de enorme relevância para a compreensão dos acontecimentos que levaram à Revolução de 25 de Abril de 1974 e ao fim do regime do Estado Novo em Portugal.
Publicado em fevereiro de 1974, este livro tornou-se num verdadeiro sinal de rutura com a política oficial do regime, ao apresentar uma análise crítica da guerra colonial e ao defender soluções políticas alternativas para os territórios ultramarinos. A sua publicação causou forte impacto na opinião pública e no seio das Forças Armadas, contribuindo diretamente para o clima que conduziu à revolução de Abril.
António de Spínola, enquanto alto oficial do Exército com vasta experiência em África, usou este livro como plataforma para promover uma nova visão de Portugal, baseada na autonomia das colónias e na modernização política. É, por isso, uma obra fundamental para estudiosos da história contemporânea portuguesa e da transição democrática.
Informações técnicas:
- Título: Portugal e o Futuro
- Autor: António de Spínola
- Editora: Arcádia
- Publicação: 1974 (1.ª edição)
- Páginas: 243
- Encadernação: Brochura (capa mole)
- Estado de conservação: Livro nunca aberto, páginas intactas, excelente estado geral, com sinais mínimos do tempo.
Sobre o autor: António de Spínola (1910–1996) foi uma das figuras mais marcantes do Portugal do século XX. General do Exército e Governador da Guiné durante a guerra colonial, destacou-se como autor de Portugal e o Futuro e, mais tarde, como um dos protagonistas do processo revolucionário. Após o 25 de Abril, foi Presidente da República por brevíssimo período, tendo um papel decisivo nos primeiros passos da democratização do país. A sua visão reformista e pragmática marcou uma rutura com a linha dura do regime salazarista.